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  • Foto do escritorHelena Navarro

Visita ao Museu Nacional do Traje em Lisboa

Semana passada estive a visitar o Museu e que surpresa boa!

Esta já é minha quarta vez na cidade de Lisboa, então já conheço os pontos turísticos mais falados e conhecidos. Ainda mais desta vez que não estou passando somente 4 ou 5 dias na cidade e sim 16 dias, pensei 'Preciso descobrir lugares, museus, restaurantes e coisas novas'. Então comecei a procurar no google maps coisas na cidade (eu adoro o google maps, sempre vejo as opiniões e notas dos lugares ali e sou bem influenciada, adoro usar) achei algumas coisas novas e saindo da zona central e sempre visitada, cheia de gente, li "Museu do traje" logo apertei e arregalei os olhos vendo as fotos, desci e li os comentários e avalições e decidi ir, não tinha como, um museu com peças desde o século XVIII até os dias atuais, com peças bem conservadas e expostas em uma antiga quinta que tem um jardim lindo. Fui então conhecer o Museu que conta a História da moda mas sempre pontuando como e por quem essas peças e influências vieram aqui para Portugal, o que eu achei bem interessante. Então o acervo conta com peças majoritariamente femininas mas também tem peças masculinas e infantis, acessórios como perucas, chapéus, sapatos, bolsas, roupas de baixo e até coisas de beleza, como os acessórios que usavam para ondular e frisar os cabelos no século XIX. As peças são separadas por cada período e estilo e uma breve explicação da época e contexto. É possível ver as roupas de pertinho desde o Estilo Barroco, Estilo Império, Romântico, Belle Époque, Primeira Guerra Mundial, Anos 20, Anos 30, Anos 40, Anos 50, Anos 60, Anos 70, Anos 80, Anos 90, até a atualidade.



Ver ao vivo, na minha frente, bem de pertinho uma estrutura das anquinhas que as mulheres usavam para dar formas as saias da época, para mim foi super legal, algo que sempre tive curiosidade mas só tinha visto desenhos nos livros ou no máximo fotos pela internet. Outras duas coisas que amei ver ao vivo foram os corsets com seus bordados a mão, que servem para travar as barbatanas e ao mesmo tempo fazem esse enfeite na peça e reparar nas casas de botões dos casacos, feitas a mão....para mim é de uma beleza o caseado feito a mão S2.

Ainda fico imaginando como é poder ver essas roupas de época do avesso, como será os acabamentos....bem que poderiam fazer uma exposição dessas, só das peças ao avesso para vermos como eram feitos os acabamentos, os tipos de costuras e tal.

Das roupas do século XX para cá o que me chamaram a atenção, foram os vestidos dos anos 30 com seus cortes em viés, que dá aquele caimento fluido que molda o corpo e as peças do estilista português Florêncio Morgado, que eu não conhecia e achei um trabalho lindo em pedraria, riquíssimo, lá tinha expostos tanto vestidos de sua autoria quanto chapéus e toucas, as peças dele eram datadas dos anos 20 até anos 90.

No museu ainda tem uma sala com uma parte dedicada a tecnologia têxtil, com algumas máquinas para ver, um tear, uma barca de tingimento e algumas bobinas e lançadeiras para a produção têxtil. Umas máquinas antigas e mesas de corte. E um pequeno espaço para mostruários de costura, ponto cruz, outros bordados e caixas de costuras dos séculos XVIII e XIX.

Enfim é um museu pouquíssimo conhecido no mundo da moda, nunca ouvi ninguém falar desse museu, nem nas escolas de moda nem na internet como uma atração da cidade de Lisboa, e ainda digo isso pois passei ali boas horas e lá só estava eu e os funcionários que em dados momentos ligaram as luzes de certas salas para que eu pudesse ver. É sim, um museu com um acervo pequeno mas charmoso, bem cuidado e com uma proximidade ao visitante que é incrível. Vale a visita, vale a divulgação, vale uma tarde de piquenique no Jardim botânico do Monteiro-Mor. O Museu fica numa antiga quinta, como já comentei, o Palácio Angeja-Palmela, então a casa (é possível ver nas fotos) é lindíssima, e dentro os tetos são todos decorados, assim como as paredes e azulejos pintados, típicos portugueses, uma capela no meio da casa e o jardim com espelhos d'água, chafariz, nascentes, uma variedade de plantas e estátuas pelo caminho das flores.

É de fácil acesso, tem uma estação de metro há 8 minutos do museu e a caminhada é bem traquilinha. A entrada do museu e do jardim custam 6 euros. Acho que eu já te convenci ;) Espero que tenham gostado dessa visita comigo! Até a próxima. Beijinhos, Leena


 

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